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Alguns depoimentos sobre Raimundo Girão

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CARVALHO NOGUEIRA:

"Raimundo Girão. Eis um apóstolo da cultura, das letras do Ceará. O presente texto dentro das suas limitações, tem uma só intenção: lembrar a todos que este homem existe, vai viver muito ainda e morrer lúcido, lendo, pesquisando, escrevendo, informando. O que é uma forma de não morrer" (Gazeta de Notícias, ed. de 03/08/75).

EDUARDO FONTES:

"Dr. Girão, há homens que pela sua bondade a fecundidade, são comparáveis às Velhas Árvores, de Olavo Bilac. V. Sia. se constitui, sem dúvida, para Fortaleza, uma velha-jovem Árvore de muitos frutos e de raizes bem plantadas. . ." (Carta ao Historiador).

F. ALVES DE ANDRADE:

"Sua obra se constitui o mais seguro e franco embasamento histórico-geográfico do Ceará, interessando ao Nordeste a ao Brasil pelas amarras ou vinculações dentro do espaço e no tempo. É que seus estudos permitem ao pesquisador a preparação para o mergulho nas águas mais densas da historiografia regional, notadamente da economia cearense, que não pode ser continuada, em muitos ângulos, sem reler os aspectos descritivos originais de sua lavra.[...] Sua experiencia cultural e administrativa tornaram-no um escritor que não apenas maneja letras e conhecimentos da humano-economia, mas representa um testemunho vigoroso da historiografia, uma viga mestra do pensamento e ação da terra cearense, vivendo a história ativa,a geografia ativa, numa filosofia de vida a de trabalho que empolga a roda do mundo em que vivemos" (O POVO, ed. de 30.12.79).

F.S. NASCIMENTO:

"Na maioria de suas obras, pode-se observar a preocupação do dr. Raimundo Girão de realizar a história como meio de interpretacão das dúvidas presentes, com base no alfarrábio, na documentação, do mesmo modo como o sábio Pompeu Sobrinho, segundo uma concepção de Harvey Robinson, tem se aprofundado na ciência do homem procurando conhecer e revelar seus impulsos e modos de viver em sociedade, à luz de sua prováveis origens e de sua evolução ataves de milênios. Sabendo-se que o conhecimento dos fatos em ordem cronológica apenas nos pode dar um esqueleto de história, acertado se conclui tenha andado o dr. Raimundo Girão em oferecer em seus livros, antes a tentativa de conclusão do que a mera descrição, antes o entendimento de certos fenômenos do que a amontoação de fatos inconclusos e indefinidos. (O POVO ed. de 20.20.2962)

JOEL PONTES:

"O Professor e historiador Raimundo Girão, atravessando uma vida cheia de atividades úteis, nunca perdeu os sentimentos lírico e épico da vida. Advogado militante, prefeito de Fortaleza nos anos de 1933 e 1934, no pino da Revolução de 30, Secretário de Educação do Estado, Presidente do Rotary, da Associação Franco Brasileira e do Coselho Estadual de Cultura, foi atravessando posições e acumulando cargos sem perder - jamais - o gosto pela História, pela investigação sob métodos modernos, pela interpretação viva e nunca polarmente fria dos fatos.

Para ele a História é vida e sangue pulsante. Seus livros foram, inicialmente, de Direito e Ciências das Finanças, como se estivesse antegozando o momento de ensinar aos brasileiros as grandezas do Ceará. Há 30 anos, porém traçou rota batida da qual não mais se afastaria. Biografou cearenses ilustres e famílias - como Tibúrcio Cacalcanti, e o Comendador Machado e sua grei, deu-nos uma História Econômica do Ceará e uma Pequena (que só ele classifica assim) História do Ceará e mais ensais vários um dos quis de título bastante revelador: Geografia Estética de Fortaleza. (Estudos Universitários - Revista da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, nº 3 / 4, julho a dezembro de 1972

JOSE AURÈLIO CÂMARA:

"Raimundo Girão pode reivindicar o título de Historiador de Fortaleza. Quer em documentos e freqüentes artigos na imprensa local, quer através de livros a publicações elogiosamente recebidos dentro e fora do Ceará, tem ele tratado da história desta cidade, da sua evolução e dos seus problemas, com uma autoridade e amplitude jamais igualadas" (O POVO, ed. de 07.08.65).

JOSE TEIXEIRA DE FRETTAS:

"....Raimundo Girão, o maior historiador do Ceará" (Excerto de uma dedicatória).

JOSE NEWTON ALVES DE SOUSA:

"Raimundo Girão nos deixa três grandes valores. Ele próprio, sua vida, sua obra. Esse deixa no indicativo presente, tem a força de permanência, a projetar sobre as greações de hoje e de amanhã, uma personalidade exemplar, crescendo a cada momento, na vida privada e na vida pública. É a fecundidade do próprio exemplo. Sua obra tão vasta, tão meritória, devemo-la a cérebro portentoso, lúcido, equilibrado, fruto de um pensamento, um estudo, uma pesquisa sempre atentos aos fatos e à própria terra cearenses, prosseguindo mais a mais sem quebra de qualidade. 'É a fecundidade do próprio espírito' ``. (Carta a Eurípedes Chaves Júnior, de Salvador, em 02.01.1988)

J. LINDENBERG DE AQUINO:

"Raimundo Girão, o mestre dos mestres da nossa historiografia, hoje com 86 anos bem vividos, tem uma folha de serviços incalculável à Cultura cearense, pela contribuição que vem dando, há mais de 50 anos, à vida mental do Estado, pelas obras que produziu, pelas pesquisas que intentou, pala argúcia de investigador dos fatos históricos, pela beleza do seu estilo sóbrio, simples, correto e elegante (...) Homem de notável atuação pública Raimundo Girão foi Prefeito de Forteleza, Secretário de Cultura do Estado, tendo atuado no Rotary Club, no Instituto do Ceará, na Academia Cearense de Letras, etc., e suas memórias estão inseridas, parcialmente em "Palestina Uma Agulha e as Saudades", livro que o faz ombrear-se lado a lado com os maiores memorialistas brasileiros. (Retrato de Corpo Inteiro)

JOARYVAR MACEDO:

"A diversificação e nomeadamente a inconcussa qualidade da produção intelectual do conspícuo historiógrafo, que nunca deixou o Ceará, com todas as veras por ele amado, poderiam ter-lhe ensejado muito mais ampla dimensão ao nome. E, se tal não se deu, no meu entendimento, deve-se isto a certa parcimônia provinciana da divulgação dos valores reais da inteligência cearense. Não fora esta circunstância, o nome de Raimundo Girão haveria granjeado, porventura, a mesma ressonância que lograram um José Américo de Almeida, vivendo na Paraíba, um Gilberto Freyre, arraigado em Pernambuco, ou um Luís da Câmara Cascudo, de pés fincados no Rio Grande do Norte. (...) Raimundo Girão era, realmente, um monumento vivo da nossa cultura. Sim, porquanto suas grandes sínteses, ora postas em foco,trazem o sinete, incofundível e perene, da legítima sabedoria em torno do complexo cultural de uma terra e de um povo, por ele idolatrado, sem reservas, com todo o vigor do seu espírito de cearense protótipo. (D.O. Letras - Ano III nº 12 julho/setembro de 1988).

JOSÉ BONIFÁCIO CÂMARA:

"Que admirável exemplo o velho amigo nos dá, a todos nós, ao Ceará e ao Brasil ! Sempre na forja, trabalhado, produzindo e distribuindo à mãos cheias esse "saber de experiência feito"que hoje constitui, pelo volume e pela qualidade um dos pilares da cultura da nossa terra." (Carta do Rio, 07.03.1988)

LUSTOSA DA COSTA:

"Raimundo Girão, o Herótodo cearense". (Excerto de uma dedicatória)

MAURO BENEVIDES:

"Os círculos culturais do Ceará, apresentam-se para comemorar o centenário de nascimento do historiador Raimundo Girão, figura das mais respeitadas nas esferas políticas, intelectuais e administrativas do Estado, mercê de sua competência inquestionável e comprovado espírito público, qualidades que evidenciou, à sociedade, durante trajetória em mais de meio século de incessante atuação em favor das grandes causas ligadas do povo cearense. [...] O Ceará haverá de continuar exaltando a sua personalidade de escol, na certeza de que os porvindouros nele haverão de ver sempre uma dos maiores figuras da cultura nordestina. Raimundo Girão honrou o seu Estado e dignificou a nossa gente." (Diário do Nordeste, ed. de 30.05.2000)

MELQUÍADES PINTO PAIVA:

"A importância de Capistrano de Abreu é tão grande que ele projeta sua sombra sobre a vida e a obra de outros historiadores cearenses, que permaneceram na terra natal, lutando contra as dificuldades do tempo e o isolamento do meio onde viveram, mais dedicacos à pesquisa sobre o passado do Ceará. Entre estes quero desstacar três nomes de maior proeminência, todos eles sócios efetivos e presidentes do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico), fundado em 04.05.1887; Guilherme Studart, (Barão de Studart) - 1856-1938, Thomas Pompeu de Sousa Brasil Sobrinho - Thomas Pompeu Sobrinho) - 1880-1967 e Raimundo Girão - 1900-2000. (Palestra proferida no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no Rio de Janeiro, em 01.11.2000.)

NAPOLEÃO TAVARES NEVES:

"A produção literária de Raimundo Girão nunca foi tão codificada e avaliada como agora no livro em epígrafe (Raimundo Girão - Polígrafo e Homem Público, de Eurípedes Chaves Júnior). Ele foi o soldado de todas as frentes do movimento literário do Ceará, no jornalismo, na literatura, na vida pública e na história, campos onde foi sempre autoridade inconteste. Se Raimundo Girão escreveu e afirmou, ninguém mais duvida porque só colhe em fonte limpa e insuspeita ! Seu grande conceito como intelectual é nacional." (Crônica radiofonizada pela Rádio Salamanca de Barbalha, 25.09.1986.)

PANTALEÃO DAMASCENO:

"Por esta razão vamos ficando por aqui, afirmando que Raimundo Girão a um dos maiores escritores brasileiros contemporâneos, com uma obra literária e e hist6rica solidificada pela sua invejável erudição e vasta cultura" (UNITÁRIO ed. de 19/07/64).

RAIMUNDO ARAÚJO:

"Mestre dos Mestres da historiografia contemporânea, figura exponencial da nossa literatura, autor de 33 livros publicados de estudos dos mais variados assuntos sobre genealogia, economia, história, geografia e genealogia de famílias do seu Estado, Raimundo Girão é uma das figuras notáveis da cultura nacional, nesta hora, em terras americanas" (VMF, Nilópolis, ed. de 03/02/83).

RAIMUNDO DE MENEZES:

"Raimundo Girão, o maior conhecedor da história cearense" (Cartão de São Paulo, em 26/07/83).

RIBEIRO RAMOS:

"O Ceará quer muito e muito admira a Raimundo Girão, cujo nome é aqui constantemente enaltecido e lá fora uma verdadeira legenda de glórias. Vencida a barreira dos 80 anos, todos eles voltados para as coisas e conquistas do espírito, o eminente Professor Raimundo Girão, lépido e lucidíssimo, continua sempre o mesmo em seu admirável rítmo de trabalho intelectual, jamais deixando de comparecer às reuniões do Instituto a as sessões da Academia Cearense de Letras, onde sempre se faz ouvir em palestras magistrais, ou em apartes esclarecedores e oportunos, deixando sempre transparecer a magnitude de seus conhecimentos e a espantosa segurança de sua privilegiada memória" (Correio do Ceará, ed. de 01/03/80).

SÍLVIO JÚLIO:

"Em quaisquer dos setores que toque, Raimundo Girão se destaca, digno, completo prosseguidor de Guilherme Studart, Joaquim Katunda, Theberge, Joao Brígido, relativamente ao cearensismo a às investigações pessoais. Acresce que redige bem e fluentemente. É prosador magistral. Graças a seus esforços, o Ceará recorda um País, mais de mero Estado do Brasil, que é pela governança e pela geografia administativa. De norte a sul o seu nome goza de consagração indiscutível. (A Ferragista, Ano 7 nº 79, maio-junho de 1983)

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